Ministério Uns Aos Outros lança primeiro projeto musical
Conectados em amor é o primeiro álbum de músicas autorais do Ministério Uns Aos Outros. Todas as músicas do álbum foram inspiradas em algum personagem do Novo Testamento.
A ideia nas composições do Conectados em Amor foi se colocar no lugar daquela pessoa bíblica, imaginar e tentar expressar o sentimento dela através de uma canção. Alguns dos personagens presentes são o Filho Pródigo, Nicodemos, José de Arimatéia, o leproso que voltou, entre outros.
Conectados em Amor é uma coletânea de dez músicas inéditas que vão do rock ao soul, passando pelo R & B e blues, com uma pegada de pop com pitadas de worship. O diferencial deste álbum é a variação nos estilos sem a perda da identidade musical.
O ministério Uns Aos Outros chega como uma novidade no cenário gospel com uma proposta original, com letras pautadas em um teologia contemporânea e com um som congregacional e agradável.
Lançamento em 06 de janeiro de 2023. Disponível em todas as plataformas digitais. Para ouvir clique aqui
por trás das músicas
Como todas as músicas são inspiradas em algum personagem do Novo Testamento, achamos importante deixar registrado aqui como foi o processo criativo de criação de cada obra. Todas as músicas do álbum Conectados em Amor foram compostas por Rangel Ramos, teólogo idealizado do ministério e movimento Uns Aos Outros.
E, ainda que as músicas tenham um embasamento teológicos pautado na narrativa de algum personagem neotestamentário, todas as músicas também possuem uma aspecto pessoal da vida de Rangel, pois ele mesmo entende que a inspiração é uma parceria entre Deus e Homem.
Nos próximos sub-tópicos você vai conhecer um pouco mais sobre o processo de criação de cada música. Se gostar deixe-nos comentários e compartilhe este material com seus amigos e familiares. Se quiser levar o ministério Uns Aos Outros para sua igreja fale com a gente pelo [email protected]
ATOS UM OITO
Rangel queria compor uma música de celebração, mas que também fosse uma crítica ao atual momento da igreja evangélica brasileira. Então, tentou reunir as duas coisas: chamar as pessoas para celebrar a vida que recebemos em Cristo, porém com a consciência de que o poder que recebemos do Espírito Santo é para testemunhar e não para fazer nossas próprias vontades.
Foi quando ele lembrou de Atos 1.8, quando Jesus fala aos seus apóstolos que eles iriam receber poder do Espírito Santo para serem testemunhas, que na palavra original em grego é “mártir”. Ou seja, o poder recebido dos céus não é para outra coisa senão suportar a condição de seguidor de Jesus.
Nos dias atuais, ser um mártir é morrer sem negar sua posição. É ficar marcado na história como alguém que acreditou até o fim em algo. Mas, no contexto grego é ser uma testemunha em um tribunal. Era ser alguém que legalmente atestava que algo havia acontecido. E falar isso sob juramento.
Sendo assim, o poder do Espírito Santo é para que façamos as pessoas lembrarem da trajetória de Jesus. O poder do Espírito Santo é que nos dá forças para que possamos espelhar a glória de Deus ao mundo. Não é sobre nós é sobre Ele. O poder não é um benefício, mas uma responsabilidade.
Porém, o que mais vemos atualmente é o poder sendo usurpado para controle, subserviência e afins. Muitas vezes, líderes usam do poder da narrativa para orquestrar e manipular as pessoas para um projeto político de poder. Por isso, é preciso aceitar que a nossa missão é aprender a viver em comunhão e definitivamente nos amarmos uns aos outros.
Nisso, fica implicado a condição de deixar de lado nossos próprios interesses, pois o poder do Espírito Santo não é para nos fazer famosos e conhecidos, mas é para nos dar resiliência e permitir que possamos celebrar mesmo sendo levados à morte por causa do nome de Jesus.
Letra:
Foi nos dado poder para testemunhar
Foi nos dado poder pro teu nome exaltar
Foi nos dado poder pro teu reino anunciar
Foi nos dado poder pra tua glória espelhar
Basta aceitar nossa missão
E aprender a viver em comunhão (2x)
Queremos ser o povo que celebra
Queremos ser o povo que celebra
E que vive pra ti, Senhor
E que vive pra ti, Jesus
ME ENCONTROU
Essa é a canção de Marcos, que segundo alguns historiadores, seria o discípulo de Jesus mais novo em idade. Alguns teólogos até acreditam que ele ainda era criança quando Jesus desenvolveu seu ministério terreno e que a casa de seus pais eram um dos pontos de encontro do mestre com seus discípulos.
Porém, depois de alguns anos, Marcos vivencia uma experiência estranha com o apóstolo Paulo. Em dado momento, Marcos abandona Paulo em uma viagem missionária. Há muitas especulações sobre este episódio, alguns teólogos dizem que ele voltou para se casar, outros dizem que ele voltou para servir ao exército.
Rangel acredita que Marcos voltou porque teve medo. Talvez, algo em sua infância tenha o traumatizado e em dado momento ele se viu incapaz de seguir em frente. Mas, depois de um tempo, Paulo volta a insistir no garoto e pede que ele tente novamente seguir sua vocação missionária.
A lição que Rangel tira do episódio de Paulo e Marcos, é que o menino aprende que mesmo se falhar, não será abandonado, pois seu mentor voltou a procura-lo e deu-lhe uma nova chance. Essa música é fruto de uma experiência da relação de Rangel com seu pai. Ele o abandonou quando ele tinha 10 anos e quando Rangel foi encontrado por Jesus, a primeira imagem que criou de Deus foi a de pai.
Aos 10 anos, uma criança não tem condições de compreender o que o abandono de um pai significa, portanto, o sentimento era de que o pai havia ido embora por sua culpa e de que o pai havia desistido da tarefa de ser pai.
Por isso, a música fala de uma relação de alguém abandonado e esquecido, mas que vê em Deus a segurança para seguir em frente. E que ainda que se sinta incapaz de continuar (como o jovem Marcos em sua primeira viagem missionária), o próprio Deus não vai desistir de chamá-lo de volta e de dar-lhe mais uma chance.
Letra:
Você me encontrou perdido sem saída
E como um pai dedicou sua vida
Eu não posso mais esquecer este amor
Que me convidou a te seguir aonde for
Ele não vai me abandonar
Ele não vai desistir de mim
Mesmo quando eu decepcioná-lo
Com suas mãos ele vai me levantar
Por muito tempo eu andei sozinho sem destino
De qualquer maneira tentando me encontrar
Então eu ouvi sua voz me convidar
Pra nessa jornada ao seu lado caminhar
Sua vontade é perfeita
O seu amor infinito
Sua bondade é eterna
Sua presença incomparável
FALTAM PALAVRAS
Essa é a Canção de Pedro, o apóstolo mais intempestivo entre os doze. Porém, é também o mais ousado. Ele quer sempre mais. Pedro tem um temperamento forte e muitas vezes não sabe bem como se expressar. Contudo, sempre tenta. Ele é muito apaixonado, apesar de às vezes parecer afoito.
Entre tantas conversas com Jesus, existe uma em que Pedro dá uma das respostas mais contundentes do evangelho. Ao ser questionado se gostaria de seguir para outro rumo como a multidão havia feito, o apóstolo Pedro diz que não há outro lugar onde ele queira ir, a não ser estar ao lado de seu mestre.
Rangel estava com uma melodia e uma harmonia na cabeça, mas sem inspiração para compor uma letra. Foi então que começou com a frase: “às vezes faltam palavras”. E depois disso todo o resto da música veio como a queda de uma cachoeira.
Rangel acha que essa foi a música mais rápida que compôs em toda a sua vida. Rangel aprendeu que é quando não temos nada que Deus nos usa, entregando tudo o que precisamos em nossas mãos. E mesmo quando faltam as palavras, ou falta coragem para exercer a fé o amor de Deus vem nos encontrar.
Letra:
Às vezes faltam palavras pra expressar o meu amor
Às vezes falta coragem pra exercer a minha fé
Mas quando inclino meu coração o teu amor vem me encontrar
Sua presença renova a esperança que há em mim
E pra onde eu vou? Se ao teu lado eu quero estar
Pra onde eu vou? Se ao teu lado e quero estar
E pra sempre te adorar
Te entregar muito mais que uma canção
E pra sempre te adorar
Te entregar muito mais que esta canção
NICODEMOS
Muitos acreditam que Nicodemos era um dos sacerdotes mais importantes da época de Jesus. Alguns teólogos sugerem que Nicodemos seria um codinome e de que ele poderia ser Hillel e/ou Shamai, dois rabinos bem importantes da época de Jesus.
Rangel, tem um teoria meio doida, ele acha que Nicodemos poderia ser o apóstolo Paulo. Pois, ao ser derrubado do cavalo, Paulo reconhece Jesus e, para isso ser possível, eles teriam que ter se conhecido pessoalmente em vida. Mas, são só especulações do Rangel.
A verdade é que Nicodemos era um cara muito importante, letrado e inteligente. Provavelmente fazia parte do Sinédrio. Aqui tem um texto que fala mais sobre o encontro de Nicodemos com Jesus. Se ler vai descobrir porque o encontro aconteceu secretamente na calada da noite.
A Bíblia deixa claro que Nicodemos era um homem muito inteligente, porém, nada do seu conhecimento serviria para ele, se ele não compreendesse as questões espirituais. E, esse era o ponto para Jesus, os conhecimentos espirituais.
À semelhança de Nicodemos, Rangel foi provocado por Jesus em uma noite quando estava sozinho em seu apartamento recém comprado. Ele só tinha lá seu violão e um colchão no chão onde ele dormia.
Rangel conta que a compra de seu apê foi uma experiência espiritual, pois, no dia que foi visitá-lo com o corretor, ao colocar os pés dentro dele na primeira vez, Rangel conta que Deus disse que aquele apartamento seria seu. E, mesmo sem todo o dinheiro necessário, ele iniciou o trâmite da compra e, por seu passo de fé as coisas foram simplesmente acontecendo sem que eu pudesse explicar.
Numa fatídica noite, enquanto ele agradecia a Deus por ter o ajudado a comprar aquele apê (em uma experiência bem sobrenatural), ele foi confrontado com essa passagem de Nicodemos com Jesus. Naquele momento, a única coisa que Rangel precisava fazer era fechar os olhos, apagar a luz e tentar me conectar com o mundo espiritual para descobrir o que é nascer de novo.
Uma curiosidade sobre essa música é que Samuel, o cantor do freestyle, foi inquilino de Rangel naquele apartamento, quando Rangel e sua esposa passaram um tempo no Canadá. A Fernanda Castro, diretora vocal deste projeto, comentou que conhecia um rapaz que poderia fazer o freestyle e, no dia da gravação, surpresa, esse rapaz era o Samuel.
Letra:
Eu hoje estou aqui pra te entregar o que faltava do meu ser
Eu fecho os olhos e apago a luz pra te conhecer
Pois tudo o que sei tudo o que estudei eu deixo em teu altar
É que nesta noite as dúvidas se foram e eu só quero te adorar
Então me inspira, uma nova canção
Me ensina, a verdadeira adoração
Me inspira, uma nova canção
Me ensina, a verdadeira adoração
O sacrifício foi feito pelo perfeito cordeiro.
Ele é o filho amado que foi levado pelos meus pecados.
Tudo foi feito por intermédio dEle.
E que sem Ele nada do que foi feito se fez.
Ele é o nome sobre todo o nome.
Resplandecente nas trevas e as trevas ele consome.
Quando te conheci me tornei um novo homem.
Todas as coisas que sei se transformaram.
E a verdade que descobri foi que ele veio para os seus e os seus o rejeitaram.
Mas, todos aqueles que creram viraram filhos de Deus.
Que não nasceram do sangue, nem da vontade do homem. Nem da vontade da carne, mas da vontade de Deus.
FOI ALÉM
Essa é a canção do leproso que foi curado por Jesus e voltou para agradecer. No episódio em que Jesus cura os dez leprosos, apenas um volta para agradecer e segui-lo. É curioso que nesse registro a Bíblia fala sobre o egoísmo humano de procurar o favor de Deus apenas para seu benefício próprio.
Mas, para além disso, a narrativa também mostra um sujeito que antes estava marginalizado na sociedade e agora percebe a importância de ter sido curado e se tornado igual a todas as outras pessoas. Curado ele pode ser inserido novamente na sociedade.
Portanto, Jesus não oferece apenas a cura, ele vai além. Nós também deveríamos a semelhança do leproso curado, aprender a ir além do favorecimento de Deus. Por ter vivido uma infância bem desprovida de recursos, tanto financeiros quanto culturais, Rangel sempre se sentiu inferiorizado.
Rangel nunca acreditou ser capaz de cursar uma universidade federal, tampouco avançar para um mestrado ou doutorado. Sua educação básica foi bem deficitária mesmo. Porém, desde sua conversão isso foi sendo mudado dentro dele. As oportunidades apareceram. Pessoas surgiram em sua vida. Situações lhe deram a chance de se tornar “igual” aos outros.
Por isso, Rangel entendeu que Jesus foi além. Ele o curou do sentimento de inferioridade. Lhe devolveu a vida. Fez ele esquecer quem um dia foi. É Deus quem nos inspira, quem traz à tona. É ele quem nos faz iguais. Por amor nos amou. Pra Ele que cantamos agora.
Letra:
É você quem me inspira
Me faz esquecer quem um dia eu fui
É você quem devolve a vida
Me faz acreditar num amanhã
Foi você, que se entregou,
por amor me amou, foi além
Curou minhas feridas,
Pra me trazer à luz e me fazer igual
É pra você que eu canto agora
Pois não conheço amor igual ao teu Jesus
DEUS TREMENDO
Essa é a canção de Maria, irmã de Marta e Lázaro. O episódio de Marta e Maria é um dos mais intrigantes do evangelho. A ideia de privilegiar a contemplação ao serviço desconstrói muito da relação que as pessoas têm com Deus.
A religião aposta no serviço, no ritual, no ativismo. A espiritualidade prevê um desenvolvimento interno, a contemplação, a valorização do tempo. Por isso, Maria tem em si que quanto mais tempo passa com Jesus, mais ela quer ficar. E assim deseja que um sublime trono seja edificado em seu coração por um Deus que é tremendo, que oferece paz e amor, especialmente nos momentos de tristeza como na morte de seu irmão Lázaro.
Essa música é uma miscelânea de sentimentos. Aqui Rangel fala de paz porque estava ansioso. Fala de amor porque precisava de restauração. Era um momento difícil da sua vida. Ele estava trabalhando demais, estudando demais, fazendo muitas coisas.
Rangel também estava se recuperando de um burnout que havia sofrido quando estava no Canadá. Sua mente e seu corpo estavam um caos. Então, foi buscar na meditação e contemplação a cura emocional que precisava. E nisso encontrou Jesus mais uma vez pedindo permissão para firmar um sublime trono em seu coração.
Letra:
Só a tua paz é capaz de atrair meu coração
Só o teu amor pode restaurar meu ser
Quanto mais te conheço (procuro), mais eu quero te adorar
Firma um sublime trono no meu coração
És um Deus tremendo, um Deus Tremendo
POR MIM E POR VOCÊ
Canção de José de Arimatéia, um homem rico e importante da época de Jesus, que acompanha a via sacra e vê todo o sofrimento de Jesus. Sensibilizado se dispõem a oferecer um sepultamento digno para Jesus, comprando uma sepultura e patrocinando os produtos para o embalsamento do corpo.
Por ser um homem letrado, José de Arimatéia compreende que Jesus está sendo injustiçado pelos líderes religiosos e políticos, mas ao mesmo tempo entende que o filho do homem teria que passar por aquilo para que a justiça de Deus fosse saciada.
Para compor essa música, Rangel se inspirou no livro “A Cruz de Cristo” de John Stott. Ele nunca conseguia entender qual era a necessidade de Jesus ter sofrido tudo aquilo. A paixão de Cristo era um tópico difícil para ele.
Mas, no livro, o autor explica que somente Jesus seria capaz de saciar a justiça de Deus, pois nenhum outro tipo de sacrifício poderia ser definitivo. Essa é a base para os conceitos teológicos da redenção e remissão, concebidos pelo apóstolo Paulo, especialmente, no livro de Romanos.
Ao compreender a justiça de Deus, Rangel assimilou a necessidade da cruz de Cristo.
Letra:
Ninguém poderia estar em seu lugar
Só alguém como ele poderia suportar
O meu pecado apagou, morreu em meu lugar
E a justiça de Deus ele veio saciar
E não há nada que possa apagar
O que foi feito por mim e por você
E em seus olhos as lágrimas de sangue
Mas em nosso coração a esperança renasceu
Nosso pecado apagou, morreu nosso lugar (naquela cruz)
E a justiça de Deus ele veio saciar
SENHOR DA HISTÓRIA
Essa música é baseada na história dos magos do Oriente, que encontram o menino Jesus recém-nascido através da observação das estrelas. A narrativa segue essa prerrogativa de um rei nascendo em determinado local e que será reconhecido por todo o mundo. A presença dos magos no nascimento de Jesus indica que a ciência e o conhecimento sobre os astros não devem ser desconsiderados pela teologia ou pela religião.
Rangel compôs essa música depois de ter voltado de uma viagem de natal para a casa de uns parentes em Mato Grosso. Na ocasião, uma tia havia pedido para eu falar umas palavras na ceia do natal, mas constrangido e encabulado negou o pedido.
Na viagem de volta para casa a lembrança daquilo o constrangeu e ele ficou decepcionado consigo mesmo. Então, pegou o violão e compôs uma canção que o fizesse lembrar do natal e de como a vida é sobre Deus e não sobre nós, portanto, todas as vezes que lhe pedissem para falar algo, ele não deveria negar.
A primeira pessoa para quem Rangel mostrou a música composta foi sua mãe, a irmã da tia que morava no Mato Grosso. Ao terminar de cantar, sua mãe chorou emocionada e tocada por Deus. Naquele momento, Rangel entendeu que aquela deveria ser a primeira música a ser gravada pelo ministério Uns Aos Outros.
Letra:
Nossos corações podem celebrar
O choro já cessou a esperança está no ar
O menino nasceu na tribo de Judá
A promessa se cumpriu seu nome é sobre todo nome
Seu reino de amor nada poderá destruir
Tu és exaltado em toda terra
Lembrado entre as nações
És o senhor da nossa história
Somente a Ti nosso louvor, Jesus
Sua vida me mostrou que eu posso ser melhor
Seu amor me impulsiona a te amar e a te seguir
ME ACEITE OUTRA VEZ
Essa música é sobre a história (parábola) do Filho Pródigo. Na geometria, uma parábola é construída de um ponto de partida, um ponto de extremidade (seja para baixo ou para cima) e por fim uma retomada para um ponto alinhado ao ponto inicial.
Mas, no ponto extremo sempre tem um momento específico em que a curva da parábola muda a direção. Para Rangel, esse ponto de conversão na parábola do filho pródigo é quando o personagem decide que vai se expor ao pai, reconhecendo que errou e que não merece nem ser aceito como filho. Ao tomar aquela decisão, a história dele muda de rumo. A única coisa que resta ao Filho Pródigo é pedir ao pai que lhe “aceite outra vez”.
Uma curiosidade dessa música é que Rangel usa a conjugação do verbo no subjuntivo “aceite” e não no imperativo “aceita”. Isso porque no subjuntivo existe a possibilidade de que o pedido seja negado. No subjuntivo, há uma incerteza, pode ser que o pai aceite ou não. No imperativo é uma condição determinantemente categórica.
Essa música também tem a ver com o fato de Rangel ter em Deus a figura de um pai. Mas nesta música não existe a dor do abandono, existe a sensibilização por mais uma vez ser reconhecido e abraçado como filho apesar de ter desonrado, esquecido ou negligenciado a presença do pai.
Portanto, ao se expor e se entregar ao amor, reconhece também o perdão e a salvação, logo, só nos resta pedir que nos aceite outra vez. Quantas vezes deixamos de amadurecer e nos desenvolver porque não queremos nos expor.
A exposição demanda disposição. Na exposição pode haver vergonha, humilhação. Mas, se não nos expormos ao que a vida nos dá, jamais vamos sair do lugar. Se queremos viver algo extraordinário em nossa jornada espiritual é preciso se expor e se entregar em todas as experiências.
Letra:
Pai, meu único pai, a tua graça me envolve
Sua presença nos mostra o amor mais sublime
A compaixão mais serena
A paz transcende e o olhar que constrange
Vou me expor e me entregar ao teu amor
Reconheço o teu perdão e tua salvação
Tua voz é o som mais lindo que eu quero ouvir
Me aceite outra vez
Na minha miséria que eu percebi
A tua casa sempre foi meu lugar
Abra os braços eu estou aqui
Me aceite outra vez
CONECTADOS EM AMOR
A música Conectados em amor é a música tema do álbum. A mensagem “conectados em amor” está baseada na premissa do ministério Uns Aos Outros. A única possibilidade de conseguirmos obedecer o mandamento de Jesus de nos amarmos uns aos outros como ele nos amou é se estivermos conectados em amor.
Rangel queria compor uma música que agregasse a mensagem de todas as outras músicas do álbum e que se tornasse a música tema do álbum. Pois bem, Conectados em Amor é a última música a ser composta para esse projeto. Ela fecha o projeto.
Conectados em Amor dá a ideia de que tudo o que cantamos até aqui tem uma única mensagem: nos conectarmos em amor e seguirmos sendo um.
Letra:
Ele é o elo perfeito
O pão vivo que desceu dos céus
Ele é a rocha mais viva
Nossa pedra angular
Para que sejamos um, ele se entregou
Conectados em Amor,
Nós seguimos o teu plano
Conectados em Você
Nós servimos em teu reino
Seguimos sendo Um